O cenário político para 2026 ainda está em construção, mas um nome fora do meio tradicional já começa a chamar atenção: Gusttavo Lima. O cantor sertanejo apareceu nas primeiras pesquisas como o nome mais competitivo da direita para enfrentar Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sem partido e sem experiência política, ele já supera nomes tradicionais e se mostra um adversário de peso.

O levantamento da Genial/Quaest revelou que Gusttavo Lima oscila entre a segunda e a terceira colocação no primeiro turno, alcançando até 18% das intenções de voto em um dos cenários testados. No segundo turno, o sertanejo aparece com um desempenho surpreendente, reduzindo a vantagem do atual presidente mais do que qualquer outro nome da direita.

Esse resultado reflete um fenômeno já observado em outras eleições: o desejo do eleitor por alguém de fora do sistema. Sem a rejeição dos políticos tradicionais, Gusttavo Lima se apresenta como um nome “limpo” na disputa. Além disso, grande parte da população sequer sabe que ele pode ser candidato, o que significa que sua taxa de intenção de votos pode crescer à medida que sua eventual candidatura se torne mais conhecida.

O Brasil já elegeu outsiders antes. Jair Bolsonaro, embora fosse deputado há quase três décadas, venceu em 2018 como o anti-establishment. Nos Estados Unidos, Donald Trump trilhou caminho semelhante. A ascensão de Gusttavo Lima nos levantamentos mostra que essa tendência ainda pode ter força.

Nas redes sociais, o cantor comemorou o resultado, afirmando que não esperava uma performance tão forte já nas primeiras pesquisas. Seu discurso, voltado para o patriotismo e para a esperança no futuro do país, ecoa entre eleitores que buscam renovação.

O desafio para Gusttavo Lima, caso entre de fato na disputa, será transformar sua popularidade em capital político. Se sua candidatura for confirmada, o impacto pode ser ainda maior do que as pesquisas atuais indicam.