A eleição municipal de 6 de outubro de 2024 marcou uma mudança expressiva na Câmara de Vereadores de Valparaíso de Goiás. Com uma taxa de renovação total de 76,92%, o eleitorado indicou um desejo claro por novos representantes e novas ideias, mas sem perder de vista o apoio a uma base política alinhada ao governo. A nova legislatura, que assume em 1º de janeiro de 2025 e permanece até 2028, traz perfis diversificados e novas prioridades para o município, mas também reflete um realinhamento favorável ao prefeito eleito Marcus Vinícius e ao atual prefeito, Pabio Mossoró. Apenas dois dos treze vereadores eleitos se posicionam como oposição, o que sugere um cenário legislativo confortável para a administração municipal, mas que pode testar a pluralidade de debates.
A legislatura que se encerra em 31 de dezembro de 2024 contava com parlamentares experientes e uma distribuição mais equilibrada entre oposição e base governista. No entanto, o resultado das urnas trouxe um novo panorama, no qual a maioria absoluta de vereadores atuais não conseguiram a reeleição. O perfil da nova composição aponta para um fortalecimento do bloco governista e a inclusão de novos representantes que, em sua maioria, têm agendas alinhadas ao Executivo.
A eleição foi marcada pela não reeleição de vários nomes tradicionais. Entre os vereadores que encerram seu ciclo político estão:
Antônio José (PDT): atual Primeiro Secretário, não conseguiu renovar seu mandato.
Plácido Cunha (PDT): ex-presidente da Câmara, conhecido pela atuação firme, também deixa o legislativo.
José Antônio Ribeiro (PL): tentou migrar para o Executivo, mas não teve sucesso na eleição para prefeito.
Telma Ribeiro (Podemos), Elenir de Sousa Nunes (MDB), Cláudia Aguiar (PSDB), Flávio Lopes (MDB), Fábio Moraes (PP), Manoel Ferreira Martins (UB) e Edson Nunes (PSDB): todos perderam espaço no legislativo.
Em meio à renovação, três vereadores garantiram sua reeleição:
Zequinha (PL): com perfil crítico, permanece como uma voz da oposição.
Walinson Lacerda (MDB): se mantém como um dos principais articuladores dentro da base aliada.
Tião da Padaria (MDB): tradicional na política local, segue representando sua base com forte apoio.
Dois ex-vereadores voltam à Câmara trazendo bagagem política:
Afrânio Pimentel (União Brasil): retorna após oito anos, trazendo experiência e conhecimento acumulado.
Maria do Monte (União Brasil): ex-vereadora e ex-secretária de governo, reconquista sua cadeira para dar continuidade aos projetos iniciados.
Entre os novatos, há uma diversidade de perfis que promete trazer novo dinamismo ao legislativo. Os estreantes são:
Ildemar da Vila (PSD): primeiro representante da Vila Guaíra, eleito com forte apoio popular.
Ricardo Viana (PDT): ex-secretário de Cultura e Esporte, com visão técnica e foco em políticas culturais.
Edvaldo Marajó (PSD): representa o bairro Marajó e tem histórico na área educacional.
Guilherme Gordão (PP): defensor da educação inclusiva, com ênfase em crianças autistas.
Tio Lucas (PSDB): líder comunitário e educador, será uma das poucas vozes opositoras no legislativo.
Professor Juninho do Futebol (União Brasil): professor com histórico de atuação no esporte e social.
Denis Bento (Podemos): jovem cristão e ativista social, focado no povo e na juventude.
César do Trânsito (PP): gestor de mobilidade urbana, com experiência em gestão pública.
A nova composição apresenta uma taxa de renovação significativa. Dos 13 parlamentares eleitos, 8 são novatos e 2 são ex-vereadores retornando ao cargo, resultando em uma renovação que atinge 76,92% quando se considera o total de novos nomes. Focando exclusivamente nos novatos sem experiência anterior, a taxa é de 61,54%.
O novo cenário partidário é dominado por dois blocos:
MDB: 3 cadeiras, maior bancada.
União Brasil: 3 cadeiras, equilibrando com o MDB.
PSD e PP: 2 cadeiras cada.
PL, PSDB e Podemos: 1 cadeira cada.