O candidato a prefeito de Valparaíso de Goiás, Marcus Vinícius, está sendo alvo de uma campanha de desinformação que envolve disparos em massa de mensagens, prática vedada pela legislação eleitoral. Um número cadastrado como “Mídia Digital” tem enviado mensagens para diversos eleitores com o texto: “Valparaíso está em perigo, quer saber o motivo? Diga sim e clique no link”. Ao acessar, os usuários são direcionados a um blog com conteúdo que ataca Marcus Vinícius.
A página utiliza tom alarmista e frases que insinuam que o candidato representa um risco para o município. A matéria sugere que ele poderia trazer prejuízos à cidade, deixando eleitores apreensivos. A estratégia, segundo especialistas, parece destinada a criar um ambiente de pânico e incerteza, com o objetivo de manipular o cenário eleitoral.
Disparos em Massa: Prática Irregular
A utilização de disparos em massa para esse tipo de mensagem é proibida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As normas impedem o envio coordenado de informações para um grande número de destinatários sem o consentimento prévio, justamente para evitar que boatos e conteúdos difamatórios tenham um alcance desproporcional.
A prática é considerada uma violação às regras de propaganda eleitoral, podendo levar a sanções severas contra quem a promove. "Esse tipo de ação é um ataque à democracia e ao equilíbrio do pleito, porque busca desestabilizar a imagem de um candidato por meio de informações distorcidas e manipuladas", afirma um advogado eleitoral consultado para a reportagem.
Interferência no Processo Eleitoral
O conteúdo propagado nas mensagens apresenta um claro viés difamatório, com acusações vagas e sem provas. Ao classificar Marcus Vinícius como “um perigo para a cidade”, os responsáveis pela campanha de desinformação buscam descredibilizar o candidato perante a opinião pública e interferir no processo eleitoral de maneira indevida.
A legislação é clara: o impulsionamento de conteúdo negativo para prejudicar adversários não é permitido. Somente conteúdos de promoção do próprio candidato podem ser impulsionados de forma paga, como explica o TSE. No entanto, no caso de Marcus Vinícius, o objetivo é o oposto: gerar pânico entre eleitores e prejudicar diretamente a sua imagem.
A equipe jurídica de Marcus Vinícius já está tomando as medidas cabíveis e deve acionar a Justiça Eleitoral para investigar a origem dos disparos e identificar os responsáveis pela campanha de desinformação. Os envolvidos podem responder por uso indevido de meios de comunicação e abuso de poder econômico.
A legislação prevê penas como multas, retirada imediata do conteúdo e, em casos mais graves, a inelegibilidade dos candidatos envolvidos.
Eleitores Podem Denunciar
Eleitores que receberem mensagens desse tipo podem fazer denúncias pelo aplicativo Pardal, criado pelo TSE para permitir que cidadãos comuniquem atos de propaganda irregular. A ferramenta é gratuita e garante o anonimato do denunciante, colaborando com a fiscalização eleitoral.
Com a disseminação crescente de fake news no ambiente digital, o TSE tem intensificado a vigilância sobre práticas abusivas, como disparos em massa e uso de robôs, para proteger o processo democrático. A expectativa é que casos como o de Marcus Vinícius sejam combatidos com rigor, preservando a integridade do pleito.
A campanha de desinformação contra Marcus Vinícius é mais um exemplo de como a tecnologia pode ser usada de maneira negativa para interferir no curso natural das eleições, prejudicando candidatos e confundindo os eleitores.
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